Poema: Canção por Rogério Carmargo

Professorinha querida Que ensinou-me o bê-a-bá, Aprendi a ser poeta

E você onde é que está

Que não posso entregar Esses versos que te fiz? Vieram das primeiras letras Que prendi a fazer em giz.

Professorinha querida Que foi meu primeiro amor, Ainda tenho na lembrança Os velhos lápis de cor

Com que fiz um arco-íris Numa folha de papel. Sete cores ele tinha Sobre o azul que era o céu.

Professorinha querida Que me pegou pela mão, Eu a tenho aqui guardada No fundo do coração,

Que bate descompassado Se me ponho a lembrar Na saudade de um tempo Que não pode mais voltar.

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